quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Valorização da Cauda Longa

O termo cauda longa surgiu da curva ABC (regra do 20/80), baseada no teorema do economista Vilfredo Pareto.

A principal "mensagem" passada através desse teorema e de sua curva característica ficou conhecido, em todo o mundo, como o Princípio de Pareto:
"Para muitos fenômenos, 80% das consequências advém de 20% das causas".

Durante muitos anos esse princípio foi adotado por instituições que perceberam que 20% dos seus produtos rendiam 80% de sua renda e, considerando a logística envolvida para se ter um grnade mix de produtos muitas empresas se esqueciam dos outros 80% de produtos pois eles só gerariam 20% da receita.
Essa filosofia perdurou durante anos fazendo com que as empresas investissem apenas nos "hits" (produtos mais populares).

Entretanto, com o avanço da tecnologia e, principalmente com o advento da internet esse princípio ficou um pouco defasado e houve, então, uma valorização da cauda longa, ou seja, uma valorização do final da cauda, dos muitos produtos que produziam pouco retorno.
Esse conceito, atualmente aceito e discutido, foi introduzido por Chris Anderson (de acordo com ele próprio) em 2004 e posteriormente virou livro em 2006 - "The Long Tail".

Podemos perceber essa valorização evidente em diversos casos que serão citados e exemplificados abaixo:
  •     Amazon - As livrarias antigas não poderiam dispor de um grande volume de títulos dentro das livrariras pois o custo seria muito alto para manter esse livros em estoque. Com o advento da internet e com uma estante "infinitamente longa" foi possível oferecer uma grande quantidade de títulos e, assim, fazer com que esses títulos tenham um maior impacto com relação aos grandes títulos.
  •     Youtube - Mesmo não tendo precessores antes do advento da internet e sua popularização podemos fazer uma analogia com os astros e estrelas que eram lançados no mundo da música e humor. Antigamente eram poucos os artistas e músicos altamente conhecidos e, apenas eles respondiam por uma grande parcela do cenário musical. Hoje em dia diversos novos artistas e hits são criados a partir do universo do youtube.
  •    ebay, mercado livre, wikipedia, etc.

No entanto, podemos perceber que existem certas similaridades entre estes exemplos e, então, definirmos as três grandes vantagens e forças da cauda longa:
  •     Democratização do produto
  •     Democratização da propagação
  •     Relação oferta / demanda
   
Portanto, percebemos que a valorização da cauda longa possui impactos e é percebida em muitas outras áreas além da economia e está se fortalecendo a cada dia mais.

O que vocês acham desse fenômeno? Ele vai se estagnar, fortalecer ou depreciar?

2 comentários:

  1. Olá Colegas,

    Escolhi postar neste blog por muitas vezes ter me beneficiado da calda longa na escolha de produtos que não são considerados 'de massa'. E pelo avanço democrático que a internet nos propiciou ao praticamente ilimitar o estoque das empresas e permitir que diversos produtos cheguem ao consumidor final sem uma elevação de preço que desmotive o consumo.

    Meu principal benefício foi a compra de um cabo de dados para o aparelho celular da minha mãe, ela possuía diversas fotos, por ela julgadas importantes, mas que estavam presas ao aparelho. Pelo fato de o modelo do aparelho não ser tão 'popular' foi muito difícil adquirir o cabo. Entretanto após meses de procura graças ao mercado livre encontrei um fornecedor do Sul do país que possuía o produto. Mesmo com o frete custando três vezes o valor do cabo valeu muito a pena, afinal as fotos não tem preço.

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  2. Acredito que no ambiente web o a cauda longa tende só a se fortalecer. Afinal, na web não existem prateleiras e custos com estoque (como citado no post a respeito da Amazon). É muito fácil explorar a cauda longa na Internet.

    A questão é saber se esse fenômeno ficará restrito à Internet ou se começará a transbordar também para o modelo econômico tradicional de fábricas e lojas de venda. Talvez com o auxílio da tecnologia isso seja possível.

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